Justiça italiana decide manter prisão de Carla Zambelli em regime fechado

A Justiça da Itália decidiu nesta quinta-feira (28) que a deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) permanecerá presa no país europeu. A decisão foi tomada pela Corte de Apelação, que avaliou existir o “grau máximo” de perigo de fuga caso a parlamentar fosse solta. O resultado saiu cerca de 24 horas após Zambelli participar de audiência com juízes italianos. Durante a análise, foram considerados laudos médicos apresentados pela defesa. Para os magistrados, os documentos confirmam que a deputada tem condições de permanecer detida. Segundo a decisão, o perito responsável concluiu que a unidade prisional onde Zambelli está oferece atendimento médico adequado, incluindo “administração correta de terapias farmacológicas, monitoramento básico e especializado constante da saúde e aplicação consistente das terapias estabelecidas”. Extradição em análise A Justiça italiana avalia o pedido de extradição solicitado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Zambelli foi condenada pela Corte a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e, mais recentemente, recebeu pena de 5 anos e 3 meses por perseguição armada a um apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na véspera do segundo turno das eleições de 2022. A deputada deixou o Brasil antes de ser presa. Sua defesa pediu às autoridades italianas que ela aguardasse em liberdade a decisão sobre a extradição, mas o pedido foi negado. Assim, Zambelli seguirá detida até que a Justiça italiana defina se ela será extraditada ou não. Defesa contesta decisão Após a decisão da Corte de Apelação de Roma, os advogados de Carla Zambelli divulgaram nota afirmando que a manutenção da prisão preventiva está baseada em “pressupostos equivocados e dissociados da realidade”. A defesa alegou que os juízes ignoraram o real estado clínico da parlamentar e sustentou que a decisão foi tomada “sem qualquer respaldo técnico adequado”. No texto, os advogados também afirmam que a manutenção da prisão decorre de uma “pressão indevida exercida pelo governo brasileiro, pautada em desinformações e narrativas distorcidas”, e classificaram a decisão como um julgamento “excepcional e transitório”. A defesa informou ainda que irá recorrer à Corte de Cassação e apresentará um novo pedido de revogação da prisão nos próximos dias. Os advogados destacaram que Zambelli possui residência fixa na Itália, com acompanhamento médico contínuo, e que poderiam ser aplicadas medidas cautelares alternativas, como monitoramento eletrônico, em vez da prisão. “A defesa, tanto no Brasil quanto na Itália, não se curvará diante dessas injustiças e continuará atuando com firmeza para a restauração dos direitos fundamentais de Carla Zambelli”, conclui a nota assinada pelos advogados Fábio Pagnozzi e Pieremilio Sammarco.
Terremoto mais forte desde 2011 provoca tsunamis na Rússia, Japão, Havaí e Califórnia, e deixa países em alerta

Países banhados pelo Pacífico estão sob alerta de tsunami após terremoto de magnitude 8,8 atingir costa no extremo leste da Rússia. Japão, Estados Unidos, México, Chile e Equador estão sob alerta de tsunami e emitiram ordens de evacuação. Resumo
Encargo de trazer corpo de brasileira morta na Indonésia é da família, diz Itamaraty

Ainda sem previsão de retorno ao Brasil, o corpo da brasileira Juliana Marins, morta após cair em uma cratera enquanto fazia trilha em um vulcão na Indonésia no sábado (21), não será trazido com apoio do governo brasileiro, segundo o Itamaraty. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio. A pasta explica que o traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é uma decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos. A reportagem do R7 tentou contato com os familiares, mas ainda não obteve resposta. O Ministério das Relações Exteriores informou que o papel das embaixadas e consulados é oferecer orientações à família, apoiar os contatos com autoridades locais e providenciar documentos, como o atestado de óbito. O Itamaraty reforçou que não divulga detalhes sobre a assistência prestada a cidadãos brasileiros no exterior. No fim da manhã de terça-feira (24), o governo brasileiro confirmou a morte da turista, que caiu de um penhasco no Monte Rinjani, vulcão localizado a cerca de 1.200 km da capital Jacarta. Resgate Equipes da Agência de Busca e Salvamento da Indonésia encontraram o corpo da brasileira após quatro dias de buscas, dificultadas pelas condições climáticas, pelo terreno e pela baixa visibilidade na região. Segundo o governo local, um socorrista voluntário chegou a uma profundidade de 600 metros, onde localizou Juliana sem vida. Conforme a administração do parque, na noite de segunda-feira (23), sete socorristas se aproximaram do local onde a brasileira estava, mas precisaram recuar devido à falta de iluminação. O resgate só ocorreu na noite de terça-feira (horário de Brasília), início da manhã de quarta-feira (25) no horário local. Primeiro, o corpo de Juliana foi levado ao posto de Sembalun em uma maca e, em seguida, transportado ao Hospital Bayangkara por uma aeronave. Juliana era natural do Rio de Janeiro e estava em um mochilão pelo Sudeste Asiático desde fevereiro deste ano. Ela era publicitária e tinha 26 anos. O governo brasileiro manifestou condolências aos familiares e amigos e afirmou que os serviços diplomáticos continuarão prestando apoio à família da vítima.
Parlamento do Irã aprova fechamento do Estreito de Ormuz após ofensiva dos EUA

Após o bombardeio ordenado por Donald Trump contra instalações nucleares no Irã, o Parlamento do Irã aprovou fechamento do Estreito de Ormuz, segundo a mídia local. A medida ainda precisa passar pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo aiatolá Khamenei para entrar em vigor. O bloqueio interrompe o fluxo de cerca de 30% de todo o petróleo comercializado globalmente. O bloqueio da via marítima, localizada entre Omã e o Irã, é considerado uma retaliação do governo iraniano aos ataques dos EUA a três instalações nucleares do país. Os EUA são os responsáveis por proteger a navegação comercial no Estreito de Ormuz. A região é monitorada pela 5ª Frota da Marinha americana, com base no Bahrein. O fechamento do Estreito de Ormuz pode provocar a disparada no preço do barril de petróleo. Com o confronto entre Israel e Irã, navios petroleiros foram orientados por agências marítimas a redobrar a cautela na região. O preço do petróleo já registra forte alta desde a última sexta-feira (13), quando começaram as ofensivas. Só no primeiro dia de conflito, o salto foi de 8%. Veja o acumulado: Petróleo chega a subir mais de 14% mas cotação perde força ao longo do pregão A disparada já no primeiro dia de conflito representou um dos maiores movimentos intradiários (que acontecem no mesmo dia) para ambos os contratos desde 2022, quando a invasão da Ucrânia pela Rússia provocou um salto nos preços da energia. Analistas do JPMorgan afirmaram que, no pior cenário, o fechamento do estreito ou uma retaliação por parte dos principais produtores de petróleo da região poderia elevar os preços para a faixa de US$ 120 a US$ 130 por barril. Ao longo dos últimos anos, o Irã já ameaçou bloquear o estreito em diversas ocasiões, mas nunca cumpriu a promessa. Uma das vezes foi em 2019, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, retirou-se do acordo nuclear firmado com o país — o republicano, inclusive, busca atualmente um novo acordo com os iranianos. Veja abaixo outros detalhes sobre o estreito. Estreito de Ormuz — Foto: Arte/g1 ‘Artéria’ do trânsito mundial de petróleo O Estreito de Ormuz conecta o Golfo Pérsico (ao norte) com o Golfo de Omã (ao sul), e “deságua” no Mar da Arábia. Na sua parte mais estreita, o estreito tem 33 km de largura, com canais de navegação de apenas 3 km em cada direção. Cerca de um quinto de todo o consumo mundial de petróleo passa pelo estreito. Entre o início de 2022 e maio deste ano, aproximadamente 17,8 a 20,8 milhões de barris por dia de petróleo bruto, condensado ou combustível fluíram diariamente pelo local, segundo dados da plataforma de monitoramento marítimo Vortexa. Membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) como Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Iraque exportam a maior parte do seu petróleo através do estreito, principalmente para a Ásia. Os Emirados Árabes e a Arábia Saudita buscam rotas alternativas para não depender do estreito.
Líder supremo do Irã ameaça atacar bases militares dos EUA

Foto: Reprodução/X O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, em mensagem divulgada na televisão local, nesta quarta-feira (18), ameaçou atacar as bases militares dos Estados Unidos (EUA) após o presidente Donald Trump exigir a rendição incondicional do governo iraniano na guerra contra Israel. “A entrada dos EUA nesta questão [guerra] é 100% em seu próprio prejuízo. O dano que os EUA sofrerão será definitivamente irreparável se eles entrarem militarmente neste conflito”, garante o líder iraniano. Trump publicou em uma rede social, nessa terça-feira (17), a frase “Rendição Incondicional”, logo após escrever que o líder supremo do Irã “é um alvo fácil” e que, por enquanto, não vai matá-lo. “Não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando”, disse Trump. Khamenei frisa que não é sensato pedir que a nação iraniana que se renda e que os danos aos EUA serão maiores do que os que Washington impuser ao país persa. Ameaça e retórica “O presidente dos EUA nos ameaça. Com sua retórica absurda, ele exige que o povo iraniano se renda a ele. Eles deveriam fazer ameaças contra aqueles que têm medo de serem ameaçados. A nação iraniana não se assusta com ameaças”, salienta o líder iraniano. A autoridade de Teerã afirma que as suspeitas de que os EUA estão por trás do ataque de Israel se confirmam dia a dia. “A nação iraniana também se opõe firmemente a qualquer paz imposta. A nação iraniana não capitulará diante da coerção de ninguém”, completa Khamenei. As manifestações do governo Trump têm aumentado as suspeitas de que os EUA podem se envolver diretamente no conflito iniciado por Israel na última sexta-feira (13). O ataque ocorreu durante as negociações entre Teerã e Washington sobre os limites do programa nuclear do Irã. Agência Brasil
Novos ataques: número de mortos sobe para 128 no Irã e 14 em Israel
Citando o Ministério da Saúde do Irã, a mídia estatal do país informou que 128 pessoas morreram desde o último dia quando as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram a operação “Leão Ascendente”. Outras 900 ficaram feridas. Apesar do governo Benjamin Netanyahu afirmar que os ataques visam, principalmente, instalações nucleares e alvos militares, o governo do Irã diz que a maioria dos mortos no país são civis. Já em Israel, o número de vítimas dos bombardeios iranianos também aumentou. Até o momento, autoridades relatam que 14 pessoas morreram – todas civis, incluindo três crianças.
Avião cai com mais de 240 pessoas a bordo na Índia
(foto: reprodução/redes sociais) Um avião com mais de 200 pessoas a bordo caiu nesta quinta-feira (12). O fato aconteceu em Ahmedabad, na Índia. A informação foi confirmada pela companhia aérea Air India, responsável pelo voo. Segundo a companhia, a aeronave voava para Londres, no Reino Unido. A queda do avião aconteceu próxima ao aeroporto de onde a aeronave decolou. Em vídeos que circulam nas redes sociais, gravados por moradores da região do aeroporto, é possível ver o avião em caindo e uma bola de fogo decorrente da explosão a seguir. Tinha brasileiro no voo? Como observou o ClickPB, segundo informações detalhadas pela companhia aérea à imprensa, não havia brasileiros no voo. A nacionalidade dos passageiros era a seguinte: Qual era a aeronave? A aeronave envolvida é um Boeing 787-8 Dreamliner com matrícula VT-ANB. O voo chegou a ser detectado pelo site de monitoramente de voos FlightRadar24.